As taxas de readmissão hospitalar são cada vez mais utilizadas como sinais de desempenho hospitalar e como base para reembolso hospitalar. Contudo, a sua interpretação pode ser complicada por taxas diferenciais de sobrevivência dos pacientes. Se as características dos doentes não forem perfeitamente observáveis e os hospitais diferirem nas suas taxas de mortalidade, é provável que os hospitais com baixas taxas de mortalidade tenham uma maior percentagem de doentes em risco de readmissão que não sejam observáveis. O seu desempenho em readmissões será então subestimado. Examinamos o desempenho dos hospitais, relaxando a hipótese de independência entre mortalidade e readmissões implicitamente adoptada em muitas aplicações empíricas. Utilizamos dados do Episódio Hospitalar Estatísticas sobre internamentos de emergência para a anca fracturada em 290.000 pacientes com 65 anos ou mais de 2003 a 2008 em Inglaterra. Encontramos provas de enviesamento de selecção de amostras que afectam a inferência dos modelos tradicionais. Utilizamos um modelo bivariado de selecção de amostras para permitir o processo de selecção e a natureza dicotómica das variáveis de resultado.